No auge da popularização dos videogames, era comum ter que tirar a fita do console para assoprar e tirar a poeira acumulada, que geralmente fazia o vídeo game transmitir uma imagem distorcida e diferente do esperado. Este erro é chamado de glitch e a partir dele um movimento artístico começou a surgir.
A Glitch Art é o resultado da manipulação de imagens a partir do avanço de tecnologias de registro (vídeo e foto), em que erros gerados por aparelhos analógicos e digitais transformam a imagem em algo irreverente e inesperado.
A vertente artística tem diversas expressões, mas a que nos interessa é o glitch do meio digital, pois este envolve pixels e dados codificados. Normalmente é causado por um erro de conversão ou compressão do arquivo, o que gera “artefatos” que basicamente são linhas de informação geradas pela mudança para um outro formato.
A arte criada com essa bagunça de pixels é incrivelmente fluida e colorida, nos fazendo imergir em um mundo para além da matrix. O artista Glitch, Jeremy Nealis conhecido como Aertime, utiliza a internet para criar um design imersivo e pixelado com montanhas e picos coloridos em um vazio negro. Incorporando seu conhecimento na cultura da internet e música digital, ele desenvolve seus projetos artísticos em uma nova dimensão tecnológica.
Ao provocar o erro, quebrar regras e formatos existentes, um novo universo acontece bem onde havia normalidade e métrica. A razão tecnológica é transformada em emoção artística.
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