Na história da arte a tecnologia é uma constante que impulsiona a produção criativa e interfere nos processos artísticos. Quem observa tal arte, cria novas perspectivas e transfere cada vez mais seu papel para o de colaborador. A interatividade é produto do meio rico em possibilidades da tecnologia e da imaginação artística, que juntos criam uma realidade totalmente nova.
Uma colaboração entre o Snapchat e o artista Jeff Koons, trouxe uma exposição pelas ruas do mundo, usando o recurso de realidade aumentada. Os usuários do aplicativo podem ver 9 esculturas em diversos locais ao redor do mundo e interagir com as representações digitais do artista americano, que é conhecido por transformar objetos do cotidiano em obras de arte icônicas. O visual das esculturas geralmente é brilhantemente colorido em aço inoxidável e reflete seus arredores trazendo um novo significado. O artista é um entusiasta de novas tecnologias e recentemente participou de um projeto de realidade virtual com Marina Abramovic e Olafur Eliasson. Outras colaborações estão por vir.
Quando falamos de experiências proporcionadas por produtos do nosso cotidiano, a interatividade não é tão evidente assim. A Samsung lançou a The Frame TV, um aparelho televisivo que também é quadro e expõe obras de arte. A resolução de 4K permite ao quadro digital exibir peças de arte da escolha do observador, ou melhor do telespectador. Com sensor de luminosidade, a TV faz ajustes automáticos de brilho para o painel aparentar, de fato, um quadro. A The Frame vem com um acervo e também disponibiliza outras obras em sua loja por meio de uma assinatura mensal.
As intersecções entre arte e tecnologia evoluem para todos os campos e assumem as mais variadas formas, portanto são infinitamente mais propagáveis e maleáveis do que em seu uso individual.