Pelo amor de Deus, PARE! Parece que não se cansa. Te viro de ponta cabeça, coloco longe, enfio no bolso e até no fundo da mala. O que tanto você tem para me contar? O que você quer? Não basta te deixar mudo, você não para de se remexer.
Pensando bem. A culpa também é minha. Acabo nem te dando descanso. Vou dormir te deixando com a lua acesa e ainda te obrigo a despertar cedo para me acordar. Meio egocêntrico, né?
Vejo muito estresse em você. Noites de insônia, acordando cedo. Sem controle. Além disso, ficamos muito apegados um ao outro, que nem conseguimos sair de perto.
Vamos fazer assim. Vou te desligar até eu voltar do almoço e vejamos o que acontece conosco. Pode ser?
Voltei. Cadê você? Fale comigo! Está tudo bem? Quem deixou recado? Lembrei de você quando eu vi um grafite lindo no caminho e um labrador super feliz correndo atrás da bola. Ficaria um ótimo vídeo. Sem esquecer da comida, lógico. Você perdeu tudo isso e agora vai ficar só na minha lembrança. Que pena.
É meu caro. Nos apegamos mesmo. Nos complementamos.
Eu sou você ou você sou eu? Filosofia de boteco ou pós-contemporânea? Ser ou não ser eis a #menção.